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A MINHA FILHA JUNTO DE MIM
Débora Siqueira Bueno
A minha filha junto de mim lê os meus sonhos.
Tento evitá-lo –
aquilo não é coisa pra criança.
Insiste.
– Credo, mãe! Isso não é sonho, é pesadelo!
Senta-se e escreve em meu lugar.
A minha filha junto de mim me junta a mim,
a desjuntada, me aconchega
e nina o desânimo em que me encontro.
Espanta o siso e abre o riso e fecha o livro
de onde brotam tais palavras mal escritas.
A minha filha junto de mim me traz de volta
ao mundo vivo em que pertenço a alguém
que me pertence e me
Escreve – filha –
palavra forte.
Inscreve – mãe –
me faz alguém.
A minha filha junto de mim sonha seus sonhos
E abre o livro vivo que há em mim.
A MINHA FILHA JUNTO DE MIM
Débora Siqueira Bueno
A minha filha junto de mim lê os meus sonhos.
Tento evitá-lo –
aquilo não é coisa pra criança.
Insiste.
– Credo, mãe! Isso não é sonho, é pesadelo!
Senta-se e escreve em meu lugar.
A minha filha junto de mim me junta a mim,
a desjuntada, me aconchega
e nina o desânimo em que me encontro.
Espanta o siso e abre o riso e fecha o livro
de onde brotam tais palavras mal escritas.
A minha filha junto de mim me traz de volta
ao mundo vivo em que pertenço a alguém
que me pertence e me
Escreve – filha –
palavra forte.
Inscreve – mãe –
me faz alguém.
A minha filha junto de mim sonha seus sonhos
E abre o livro vivo que há em mim.
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